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Fortuna de Isabel dos Santos em debate


Isabel dos Santos
Isabel dos Santos

Opiniões diferentes sobre a origem da riqueza no centro das discussões

O jornal angolano A República escreve na sua edição do passado fim-de-semana que mais de metade da fortuna da empresária Isabel dos Santos pertence à Sonangol, a maior empresa estatal do país.

A VOA ouviu vários especialistas sobre a notícia que divide opiniões.

Fortuna de Isabel dos Santos causa debate - 2:56
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Ilídio Manuel, jornalista e também jurista, considera que “um dos nichos de negócios que Isabel dos Santos conseguiu foi por via da UNITEL, que praticamente foi a Mercury, uma das subsidiárias da Sonangol”.

Manuel acrescenta que a empresa estatal financiou a entrada da UNITEL ,que fez parceria com a antiga PT de Portugal e que hoje anda nos tribunais justamente porque a PT vendeu as acções à brasileira Oi”.

Por seu lado, Faustino Mumbica, economista, diz não ter certeza de que o dinheiro tenha vindo da Sonangol, mas sim do Estado angolano.

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“A riqueza de Isabel dos Santos não é lícita e todos sabem que decorre do tráfico de influência, por causa do seu pai, antigo Presidente da República, e também através do peculato, sendo dinheiro do Estado”, acrescenta Mumbica que defende o regresso desse dinheiro aos cofres do Estado.

Sem fundamento

“Promíscua com pendor especulativo”, é como o também economista Galvão Branco classifica a notícia e por isso recusa-se a entrar “nesse tipo de abordagem, com informações sem qualquer possibilidade de serem comprovadas”.

O jurista Pedro Caparacata entende ser óbvio que todos os dinheiros do país provenham da maior empresa de Angola, mas que o debate agora devia ter ser noutra direcção.

"Deixemos de falar no abstrato e partamos para o concreto, o Presidente da República devia manda publicar no Jornal de Angola uma lista ou várias listas com os nomes de todos aqueles que de uma ou de outra forma devem o Estado”, defende Caparacata.

Recorde-se que a Assembleia Nacional debate em Maio duas propostas de lei sobre o repatriamento de capital, sendo uma do Governo e outra da UNITA.

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