Alguns profissionais da comunicação social em Luanda consideram que o
formato da primeira entrevista colectiva anual convocada pelo Presidente da República, promove a discriminação e não permite maior liberdade.
Para falar sobre o assunto, ouvimos o jornalista e director do semanário O Cidadão, Júlio Gomes, o porta voz da UNITA, Alcides Sakala, o porta voz da CASA CE, Lindo Bernardo Tito, o presidente da FNLA, Lucas Ngonda e o presidente do PRS, Benedito Daniel.
A primeira entrevista colectiva anual convocada esta semana pelo Presidente da República, continua a produzir vários factos, quer informativos bem como políticos, a julgar sua dimensão e o impacto no seio de toda a sociedade angolana.
Se por um lado, a maioria da população e alguns políticos saudaram a iniciativa, por outro lado, alguns profissionais da comunicação social não gostaram muito do formato utilizado e as limitações que os jornalistas estiveram submetidos no palácio presidencial.
Cerca de duzentos jornalistas entre nacionais e estrangeiros estiveram presentes na concorrida conferência de imprensa, mas apenas vinte tiveram a oportunidade para questionar o presidente João Lourenço.
Outra preocupação levantada pelos jornalistas tem que ver com o número
de perguntas autorizadas e as condições de acesso ao palácio presidencial da cidade alta.
Ainda assim, a iniciativa foi bem acolhida pela sociedade mas em muitos circulos defendem que este modelo de governação de João Lourenço, deve ser alargado a todos os auxiliares do titular do poder executivo.
O jornalista e director do semanário O Cidadão manifesta o seu descontentamento por ter sido excluido dos profissionais privilegiados a colocar questões a João Lourenço.
Júlio Gomes afirma que esta primera entrevista colectiva do presidente
da República ficou a margem de todas as expectivas, por não terem sido
levantados assuntos que há muito estão por esclarecer.