O Presidente russo, Vladimir Putin, supervisionou os ataques cibernéticos das suas agências de inteligência durante a campanha presidencial dos Estados Unidos,e transformou-os num esforço geral para desacreditar o processo.
Autoridades americanas revelaram nesta quinta-feira, 15, que Putin apostou fortemente na vitória de Donald Trump por saber que caso vencesse a democrata Hillary Clinton imporia sanções contra a Rússia.
Acusações de que a Rússia tentou influenciar a eleição ao hackear pessoas e instituições, incluindo o próprio Partido Democrata, irritaram o Presidente eleito, Donald Trump, que diz que venceu a votação de 8 de Novembro de modo justo.
As autoridades russas negaram todas as acusações de interferência na eleição norte-americana.
Mas as autoridades dos EUA disseram, sob condição de anonimato, que a comunidade de inteligência norte-americana está segura de que sua avaliação dos ciberataques russos na eleição é precisa.
"Isto começou simplesmente como um esforço para mostrar que a democracia norte-americana não é mais crível do que a versão de Putin", revelou uma das fontes.
A NBC noticiou anteriormente que as autoridades de inteligência dos Estados Unidos têm um "alto nível de confiança" de que Putin estava pessoalmente envolvido na cibercampanha russa contra os Estados Unidos.
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse ao canal estatal de TV Rossiya-24 ter ficado "estupefato" com a reportagem da NBC.
"Acho que é simplesmente uma tolice e a futilidade da tentativa de convencer alguém disto é absolutamente óbvia", sublinhou.
Trump, que assume a Presidência dos EUA em 20 de Janeiro, expressou nesta quinta mais dúvidas a respeito do suposto papel da Rússia nos ataques cibernéticos a partidos políticos e indivíduos norte-americanos, assim como o momento da reacção da Casa Branca, sob o comando do presidente Barack Obama.