A direcção da FNLA, partido histórico em Angola, reúne-se esta semana para escolher a data definitiva do congresso extraordinário, no qual vai indicar os candidatos a Presidente e vice-presidente da República e deputados à Assembleia Nacional nas eleições de 2017.
O porta-voz do partido, Geoveth da Silva, disse que o evento poderá ter lugar entre Fevereiro e Março e que, além de preparar a FNLA para as eleições gerais de 2017, visa retomar o processo de reconciliação interna, que, para ele, é “um imperativo do partido”.
Entretanto, o antigo dirigente da FNLA Miguel Pinto, afastado com outros colegas do partido pelo actual presidente Lucas Ngonda por divergências internas, garantiu à VOA que o grupo afastado só participará no congresso se a actual liderança aceitar as suas reivindicações.
Os opositores de Ngonda defendem a democratização interna e o rejuvenescimento da FNLA.
O mais antigo partido político angolano vive uma crise interna desde o falecimento do seu líder fundador, Holden Roberto, e nem mesmo a intervenção do Tribunal Constitucional conseguiu esbater as divergências entre os seu principais dirigentes e quadros.