O primeiro movimento de libertação de Angola, Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), conquistou nas eleições gerais de 24 de Agosto dois lugares no Parlamento, ao conseguir 66.337 votos no círculo nacional, o que representa 1,06% da vontade popular.
Uma vitória depois de o partido ter tido apenas um deputado na anterior legislatura.
Em entrevista à VOA, o presidente da FNLA, Nimi a Simbi, garante que o partido fará na Assembleia Nacional uma oposição sem estar atrelado à UNITA ou ao MPLA.
"Nós temos um lema que é liberdade e terra, a FNLA não vai ser nem da UNITA nem do MPLA”, garante o presidente do partido que passou por fortes cisões nos últimos anos.
Em relação aos militantes da FNLA que se identificam com a ala dirigida por Pedro Mukumbi Dala, Nimi a Simbi diz que fez “todos os contactos e se eles estão a afastar-se eles é que sabem”.
Quanto aos resultados das eleições, o presidente da FNLA afirma não ter elementos para reconhecer ou não os mesmo por não estar na posse das actas que continuam nas mãos dos delegados que exijem o pagamento dos seus subsídios.
“Como é que eu vou me pronunciar se os delegados bloquearam todas as listas?” pergunta Nimi a Simbi, para concluir: “Pagem primeiro os delegados, só assim é que eu vou me pronunciar”.
A VOA contactou Pedro Mukumbi Dala, que não respondeu às nossas chamadas.