A economia angolana vai crescer apenas 2,5 por cento em 2016, mas deverá aumentar ligeiramente para 2,7 por cento no próximo ano, revelou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira, 12, em Washington.
O relatório sobre as Perspetivas da Economia Mundial indica que Moçambique deverá atingir um crescimento anual de 6 por cento.
A expansão da economia angolana este ano fica apenas uma décima acima do valor mais baixo dos últimos 20 anos, e é explicada essencialmente pela descida dos preços internacionais do petróleo.
No documento, os especialistas do FMI lembram que nos anos recentes, Angola sempre cresceu acima dos 5 por cento.
No caso de Moçambique, apesar de registar um crescimento de 6 por cento, o FMI lembra ser a taxa mais baixa dos últimos 20 anos, afectada pela descida dos preços das matérias-primas e pelos adiamentos na exploração dos vastos recursos naturais, principalmente no gás natural.
O país consegue, ainda assim, crescer o dobro da média dos países da África subsaariana, que é de 3 por cento este ano, uma região onde o impacto da descida das matérias-primas, nomeadamente do petróleo, se fez sentir de forma muito significativa.
Projecção global
A nível mundial, a economia deverá crescer 3,2 por cento este ano e acelerar o ritmo de crescimento para os 3,5 por em 2017, mas estas projeções são agora mais pessimistas do que as apresentadas em Janeiro.
Na altura, o FMI esperava um crescimento económico mundial de 3,4 por cento em 2016 e de 3,6 por cento em 2017.
Quanto às grandes economias emergentes, o FMI prevê que a China abrande o ritmo de crescimento para os 6,5 por cento este ano e para os 6,2 por cento no próximo e prevê, pelo contrário, que a Índia tenha um crescimento de 7,5 por cento nos dois anos, depois de ter crescido 7,3 por cento em 2015.
Os países da América Latina e Caraíbas deverão recuar 0,5 por cento este ano, mas crescer 1,5 por cento em 2017.
Quanto às economias desenvolvidas, o relatório prespectiva um crescimento económico de 1,9 por cento em 2016 e de 2 por cento em 2017, valores que eram também mais optimistas em Janeiro.