O Governo de Angola ainda não confirmou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) se mantém o pedido de apoio nível da assistência técnica ou de programas financeiros, feito em Abril, quando o preço do barril de petróleo estava mais baixo.
No final de uma visita de duas semanas a Angola, o chefe da missão do FMI reiterou que “há que saber se esse pedido continua firme".
Em declarações com os jornalistas no final de encontro nesta segunda-feira, 13, com a quinta comissão de Economia e Finanças da Assembleia Nacional, Ricardo Velloso admitiu ser "um ano difícil", apesar da subida do preço do petróleo.
"Neste momento estamos em conversações com o Governo para saber quais são as propostas que quer seguir e depois que essas conversações forem concluídas termos uma ideia melhor sobre que assistência técnica pode ser dada", continuou Velloso, alertando que o Executivo de Angola deve manter a prudência.
Para aquele responsável, a prudência é fundamental, “principalmente quando se entra num período eleitoral como o país vai entrar, para que não se perca o grande esforço que foi feito".
Sem dar detalhes, Ricardo Velloso revelou que a missão procurou discutir uma agenda para os próximos três anos de reformas, com menos preocupação para a actividade a curto prazo.
Em Abril, o FMI anunciou que o Governo de Angola solicitou um programa de assistência para os próximos três anos.
Mais tarde,o ministro das Finanças, Armando Manuel, esclareceu que o pedido é um Programa de Financiamento Ampliado para apoiar a diversificação económica a médio prazo.
Apesar da opinião de vários especialistas no sentido de um programa de ajuste económico, o Executivo angolano refutou qualquer ideia de resgate.
A missão do FMI chegou a Angola a 1 de Junho.