Depois do alerta vermelho apresentado pelo Banco Nacional de Angola sobre o estado crítico da economia, surge agora o anúncio da retirada gradual dos subsídios aos combustíveis. Uma medida quecaiu como uma bomba entre as várias sensibilidades no país.
A medida que anuncia o início da remoção dos subsídios aos combustíveis, é omissa em apontar um calendário do processo gradual e foi aprovada esta semana. A medida abre várias incertezas sobre a reação do mercado que já sente o impacto da desvalorização da moeda nacional.
Vários analistas apontam diversos cenários com posições divididas, mas admitem que a alteração nos preços dos combustíveis, sobretudo o da gasolina, terá um impacto sobre a vida das famílias, empresas e a economia em geral.
Ainda assim, o plano do governo liderado por João Lourenço garante mecanismos de mitigação destes impactos em forma de subsídios e transferências sociais monetárias, para curto e médio prazo, por via do reforço ao programa Kwenda, subvenção aos utilizadores dos transportes públicos, redução da receita fiscal pelo alívio do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho,Subvenção à agricultura e pescas, subsídios aos taxistas e mototaxistas.
Mas de acordo com os entendidos na matéria, o governo angolano não criou as condições necessárias para ajustar esta medida com outro procedimento para prevenir a subida dos preços no mercado.
O economista Heitor Carvalho, afirma que esta medida vem tarde demais e admite que o mercado vai reagir com algum choque com consequência para as famílias e para as empresas.
Para falar sobre um assunto, ouvimos o economista Heitor Carvalho, o especialista em petróleo e gás, Patrício Quingongo e o investigador, José Oliveira.
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