O Presidente moçambicano anunciou que as forças armadas do país, com a ajuda das tropas do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), conseguiram recuperar quase todas as zonas que estavam sob domínio dos insurgentes na província de Cabo Delgado e que algumas pessoas começam a voltar para as suas áreas de residência.
Filipe Nyusi também revelou que os líderes dos grupos são estrangeiros.
“Neste momento conseguimos recuperar quase todos os espaços ocupados pelos terroristas, estando a decorrer operações de limpeza e esclarecimento combativo e restabelecimento de infra-estruturas de energia, água, telefonia móvel, banca, estradas, pontes centros de saúde, entre outros”, afirmou Nyusi, nesta terça-feira, 7, em Nampula, após a cerimóia dn edeposição de uma Coroa de Flores na Praça dos Heróis Moçambicanos, por ocasião da celebração do Dia da Vitória.
No entanto, ele disse que “continuamos a alertar para máxima segurança porque o terrorista é suspeito de nunca ter um espaço permanente para actuar”.
O Presdiente revelou que “os cabecilhas deste grupo criminoso nunca deram a cara e, portanto, o povo moçambicano ainda não os conhece", mas que entre eles há cidadãos da Tanzânia, República Democrática do Congo, Somália, Ruanda e Quénia, que "recrutam" moçambicanos para as suas actividades.
O Chefe de Estado disse, ainda, que algumas pessoas já estão a voltar às suas zonas de origem, mesmo estando a decorrer o processo de limpeza.
“A situação tende a melhorar a cada dia, o que leva a que alguma população esteja a regressar às suas zonas de origem. Contudo, aconselhamos a observarem recomendações das estruturas locais, que variam de zona para zona”, alertou o Presidente que felicitou as forças do país e dos países amigos.
Na cerimónia do Dia da Vitória contra o exército colonial português foram condecorados 1.547 veteranos da luta de libertação nacional.
Desde Outubro de 2017, os insurgentes que aterrorizam Cabo Delgado dexiaram cerca de três mil mortos e mais de 850 mil deslocados, além de um rastro de destruição de infraestruturas públicas e residências.