O Presidente moçambicano anunciou que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) “repeliram fortemente um ataque" de grupos armados em Bilibiza, na província de Cabo Delgado, numa guerra que ele considera diferente das anteriores havidas no país.
Ao discursar no Dia das Forças Armadas, que se assinala nesta sexta-feira, 25, Filipe Nyusi, reconheceu que o país enfrenta “uma versão de guerra diferente” em que o inimigo é o terrorismo.
“Hoje, com a globalização, as ameaças são difusas e mais imprevisíveis, o que exige elevados níveis de flexibilidade e prontidão combativa”, realçou Nyusi, que destacou a necessidade das FDS estarem “preparadas para combater e vencer”,
“O terrorismo, o crime transnacional, a pirataria, o crime cibernético e as missões humanitárias são alguns dos desafios” apontados pelo Presidente moçambicano, para quem “esta conjuntura adversa requer níveis de coordenação e articulação interinstitucional”.
Ele defendeu “respostas cooperativas e abordagens integradas, combinando as componentes militar e civil”.
Para Nyusi, “a sociedade precisa de compreender que os temas de defesa não são exclusividade dos militares, a defesa nacional é um assunto que a todos deve mobilizar”.
Os ataques no centro de Moçambique “protagonizados pela auto-intitulada Junta Militar da Renamo, constituem clara afronta à independência nacional, à integridade territorial e à paz que o povo moçambicano conquistou com muito sacrifício”, apontou o Presidente, quem defendeu o processo de modernização e redimensionamento das FDS, porque, sublinhou, “o correto é não considerar a defesa e segurança como elementos menores na agenda de desenvolvimento. E a situação tem estado a provar esta realidade”.
Filipe Nyusi não deu detalhes sobre o ataque dos insurgentes em Cabo Delgado ontem, que disse ter sido repelido pelas FDS.