O líder da Renamo revelou que os mediadores do diálogo entre ele e o Presidente da República chegam na segunda-feira, 11, a Moçambique, mas desconhece ainda a data do encontro a dois.
Em declarações por telefone à estação televisiva STV, Afonso Dhlakama citou o chefe negocial da Renamo, José Manteiras, como tendo dito que " está previsto até ao dia 11 que todos os mediadores estejam prontos em Moçambique, faltando apenas saber o exacto dia do início ou arranque das negociações".
Dhlakama admitiu que a Renamo e o Governo conseguirão um acordo para pôr fim aos confrontos e à tensão política no país.
Quanto aos ataques a veículos militares e civis no centro de Moçambique atribuídos aos homens armados da Renamo, Dhlakama limitou-se a dizer que o seu partido tem estado a defender-se de alegadas investidas das Forças de Defesa e Segurança.
"Quem anda 1.500 quilómetros para vir bombardear aqui no centro são os da Frelimo", acusou Afonso Dhlakama.
As duas partes têm-se acusado mutuamente de agressões há vários meses, provocando o êxodo de cerca de nove mil pessoas para o Malawi e a fuga de muitas outras das suas áreas de residência.
A produção agrícola, o turismo e o investimento têm sido também afectados pela tensão política e militar no país.