Um festival de teatro em curso em São Paulo, no Brasil, reúne seis peças de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal.
É o Festival Yesu Luso, ou Nossa Lusofonia, que destaca a produção teatral nos países lusófonos.
Quem fez a curadoria das peças foi o casal formado pela actriz brasileira Arieta Corrêa e o produtor português Pedro Santos.
O evento entrou em cartaz no dia 2 de Junho e está em exibição até o domingo, dia 11, no Sesc Ipiranga.
Esta é a segunda edição do festival. A primeira versão foi menor e também não tinha esse nome, mas o sucesso foi tanto que o Sesc apoiou a ideia novamente e o casal conseguiu trazer produções de mais países dessa vez.
Arieta disse à VOA que a ideia é que, nas próximas edições, mais nações lusófonas possam ser incluídas, como Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Macau.
A curadora explicou ainda que, além da língua portuguesa, todas as peças em cartaz apresentam em comum temas com importância social e política, tanto dos seus próprios países como problemas universais.
Além das peças, o festival ainda conta com uma oficina e debates com artistas e pensadores dos cinco países que compõem a mostra.
O actor moçambicano Diaz Santana foi o convidado para falar sobre o teatro de Moçambique no debate Cena Lusófona. Ele já havia participado como actor de uma das peças da primeira edição do festival.
Além disso, foi Santana quem sugeriu à organização que o grupo moçambicano Katchoro-Kuphaluxa fosse convidado a apresentar a peça "Qual é a sentença: a mulher que matou a diferença" nesta edição do Festival Yesu Luso.
A recepção dos brasileiros às apresentações foi, mais uma vez, muito positiva. Mas, para Diaz Santana, a ligação entre os países precisa ir, além da cultura, para uma cooperação sociopolítica, com mais facilidades, por exemplo, para a concessão de vistos para artistas e atletas lusófonos.
Enquanto os governantes dos países lusófonos não promovem uma aproximação sociopolítica, o casal Arieta Corrêa e Pedro Santos continua com a missão de unir as nações pela arte.
Arieta Corrêa sonha que o projecto possa crescer ainda mais.
Ouça a edição de Artes & Entretenimento sobre o festival Yesu Luso: