A capital da província moçambicana de Cabo Delgado acolhe neste sábado, 28, o XI Festival Wimbe 2020 – Edição Virtual Solidária.
É um dos principais festivais turísticos de Moçambique e visa divulgar a diversidade cultural e a rica culinária e promover e atrair o turismo doméstico e internacional.
O evento que se realiza em Pemba, no entanto, neste ano, aparece com um figurino totalmente diferente, por causa da pandemia da Covid-19.
Não terá os milhares de participantes habituais e o tema central do evento irá girar à volta do problema do terrorismo.
Artistas como Carlos de Lina vão cantar muito sobre a paz e a necessidade de haver solidariedade para com as vítimas da insurgência armada.
“Nós, os artistas, temos que levar a mensagem de paz, a mensagem de amor, incentivarmos as pessoas a não aderirem a esses movimentos de guerra, de destruição”, diz Lina.
Ao contrário dos anos anteriores, o festival não será na praia, mas na Casa Provincial da Cultura, num espaço fechado e quase sem público.
A transmissão será feita em directo pela televisão pública nacional, a TVM, e com recurso às plataformas digitais.
“Reinventamo-nos para criar um festival virtual pela primeira vez e não vai ter a mesma modalidade como vinha tendo antes. Nós, no ano passado, tivemos 55 mil espectadores”, afirma Iolanda Almeida, directora Provincial da Cultura e Turismo de Cabo Delgado, em conversa com a VOA.
Entretanto, em Cabo Delgado, mais do que a Covid-19, a grande preocupação são os ataques terroristas que fustigam vários distritos da Província e que já fizeram várias centenas de mortos e milhares de deslocados.