Começa amanhã a 14ª. edição do Festival Internacional de Música do Sumbe, vulgo Festisumbe, e no qual são esperadas mais de quinhentas mil pessoas para ouvir músicos locais, nacionais e internacionais.
O evento começa com uma polémica: o palco foi instalado perto da Sé Catedral da Igreja Católica, o que não agrada os católicos, mas as barracas de comida, bebidas e outros produtos foram instaladas junto dos restaurantes, ou seja longe da Igreja.
Como sempre a comunidade rastafari é a primeira a inundar a marginal do Sumbe com utensílios e roupas diversas. Pedro Gregório de Viana, de Luanda, e Graciano Cacumba, do Lobito, Benguela, estão na cidade há uma semana a preparar-se para o festival:
“Na minha maneira de ver desta vez a organização falhou porque o palco está ali ao lado da Igreja Católica e se a música for lá não sei se vamos ter o pessoal, já que retira o prestígio; quanto à segurança estamos a ver aqui a polícia, posso dizer que em termos de segurança estamos seguros”, disse Viana.
O comando provincial da polícia nacional realiza amanhã à tarde uma demonstração de forças por várias artérias da cidade do Sumbe e arredores de modo a desencorajar a prática de actos delituosos durante o evento cultural.
Entretanto, decorre hoje, junto ao palácio do Governo, uma feira sobre sinistralidade rodoviária com objectivo de persuadir os automobilistas sobre os cuidados a ter na condução.
O consumo excessivo do álcool, principalmente por parte dos jovens, preocupa aqueles que querem participar na evento de forma tranquila.
Henriques Chambula, do Conselho Municipal da Juventude, defende uma lei sobre o consumo de bebidas alcoólicas que poderão ser vendidas “apenas no período pós-laboral, como vemos noutros países”.
O Festival Internacional de Música do Sumbe, vulgo Festisumbe, organizado pelo Governo do Cuanza Sul com parceria da Casa 70, inicia-se amanhã à noite com vários grupos musicais. Mais de 450 barracas enchem o espaço do evento que termina no domingo.