A Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte que o surto de febre amarela em Angola continua a ser de elevada preocupação ao contrário do que disse a directora provincial de Saúde em Luanda.
Na quarta-feira, 4, Rosa Bessa afirmou que a epidemia está controlada em virtude de os casos e óbitos por febre amarela terem registado uma redução considerável em consequência da campanha de vacinação em curso.
Entretanto, a OMS alerta hoje, 6, que apesar de quase seis milhões de pessoas terem sido vacinadas “há registo de transmissão local em seis províncias (zonas urbanas e portos principais) e há um alto risco de propagação aos países vizinhos".
A província de Luanda continua a ser a mais afectada e há registos em outras 12, no entanto, aquela agência da ONU adverte para um risco elevado de transmissão local noutras províncias, onde não há ainda registo de casos autónomos.
Para a OMS, com casos de febre amarela notificados na República Democrática do Congo é de se ter em conta que a epidemia pode alastrar-se a Cabinda.
Além da RPD, há registos de casos de febre amarela importados de Angola no Quénia (dois) e na China (11).
O Ministério da Saúde diz ter registado um total de 2.149 casos suspeitos com 277 mortos e 661 casos confirmados em laboratório, 70 por cento dos quais na província de Luanda.