Os familiares dos activistas angolanos Isaías Cassule e Alves Kamulingue, assassinados pelos serviços secretos em 2012, dizem-se agastados com a falta de cumprimento por parte do Estado da decisão do Tribunal, que ordenou a sua indemnização, e decidiram manifestar-se junto da Procuradoria-Geral da República (PGR).
"A PGR não está interessada neste assunto, agora vamos tomar outras medidas e vamos manifestar junto à PGR e apelar ao Presidente da República que resolva o problema”, disse à VOA Horácio Essule, pai de Alves Kamulingue.
A data da manifestação é mantida em segredo, segundo, Veloso Cassule, o irmão de Isaías Cassule.
"Vamos vestir-nos de luto e levar caixas (urnas) à PGR a exigir que resolva os pendentes", prometeu.
Os dois activistas foram mortos em Maio de 2012 por agentes dos serviços secretos.
Em 2014, o tribunal decidiu pela prisão dos responsáveis e a respectiva indemnização às famílias das vítimas, mas até agora não obtiveram qualquer resposta do Estado.