19 Jan 2011 - O caso do chamado AngolaGate recomeçou a ser julgado, quarta-feira, num tribunal de Paris, envolvendo a controversa figura de Pierre Falcone, de nacionalidade angolana, acusado pela justiça francesa de tráfico de armas, de branqueamento de capitais e de fraude fiscal.
Este processo, a que o jornal francês “Le Monde” se refere como “um problema estratégico,” preocupa as autoridades francesas “que não querem melindrar” o Estado angolano, dada a importância das reservas petrolíferas daquele país africano.
À ribalta voltaram outros nomes conhecidos da cena politica francesa: Charles Pasqua, antigo ministro do Interior de França e candidato presidencial; e Jean-Christophe Mitterrand, filho do antigo presidente François Mitterrand.
O processo regressou aos tribunais, após as condenações de Pasqua e 20 outros arguidos, em resultado do recurso que interpuseram no Tribunal da Relação.
Pasqua foi condenado por aceitar subornos sobre contratos de 800 milhões de dólares para a venda de armas a Angola.
Os dois principais protagonistas, Pierre Falcone e Arkady Gaydamak, foram condenados a seis anos de prisão. Falcone recorreu da sentença, mas Gaydamak vive em Israel, fugido á justiça francesa.