Depois de passar vários anos produzindo campanhas publicitárias, filmando e dirigindo videoclipes com artistas, Dwalak agora quer dar enfoque à carreira musical.
Ele está a trabalhar com a Marrabenta Produções, sob o selo MNATION, e já lançou três singles no mercado, “Amor é Assim” com a participação do Mark Exodus, “Tu és” com a participação de Kamané Kamas e “Anjo”.
O artista, que gosta muito do estilo R&B, é o entrevistado desta semana do Fala África da Voz da América e falou sobre os trabalhos da nova carreira e a saída do grupo de hip hop DRP em 2005.
Dwalak, também conhecido como Eduardo Alak Mendes, contou que é apaixonado por música e com frequência acompanhava artistas durante as gravações de estúdio.
“Por exemplo, a Neyma. Eu sentava às vezes com ela ao estúdio e tantas vezes ajudava, dava as minhas ideias. Sempre tive esse bichinho dentro de mim. Voltei para a música porque sinto que tenho muita coisa ainda para apresentar, para dar. Não queria deixar passar isso. Não queria só estar focado nos vídeos, nas filmagens, que é uma coisa que eu também gosto muito. Queria poder mostrar o outro lado”.
Em Moçambique, Dwalak também ficou conhecido como Mollas pelo trabalho que fez como produtor musical e membro fundador do grupo de hip hop "DRP.” O grupo chegou até a lançar um álbum intitulado “Era uma Vez,” com 7 faixas produzidas por si na Nehazi Productions em 2005.
“Lançamos o álbum e infelizmente tivemos de dar uma pausa, cada um seguir o seu caminho porque éramos bem jovens e queríamos continuar com os estudos. Outros já estavam a trabalhar. Já pensavam que na altura já tinham de estar a fazer dinheiro com outras coisas. Eu no grupo era mais só produção e acabei por me desligar mesmo e decidi seguir a filmagem que era outra paixão”.
A primeira música da nova carreira musical foi lançada no dia 19 de Fevereiro de 2021. Dwalak trabalhou com Mark Exodus no single “Amor é Assim.”
“A escolha de trabalhar com o Mark surgiu de um contato que ele fez. Ele queria trabalhar com a Neyma. E eu aproveitei essa boleia para conversar com o Mark e expliquei o quanto eu tinha vontade de voltar para a música. A primeira vez que eu vi o Mark Exodus a cantar senti nele aquele músico que canta R&B em português, mas com aquele toque americano. Ele tem um estilo próprio, único e isso é bom. Não só músicos moçambicanos o elogiam tanto como também já vi muitos músicos internacionais falarem tanto dele. Então eu queria experimentar. Mark Exodus é a pessoa certa que pode me direcionar como compositor e produtor... foi um casamento perfeito”.
Dwalak também comentou a mudança do nome. “Mollas foi um nome de casa e mudei porque queria poder me desligar do Mollas. Trazer uma nova imagem, trazer alguém completamente diferente. Eu sempre quis ter um nome africano.”
O segundo single do artista, “Tu és” foi lançado em Março do ano passado e conta com a participação de Kamané Kamas.
Dwalak contou que quando estava a gravar “Tu és” o Kamané estava no estúdio. Depois de ouvir a música o rapper disse que estava muito “nice” e Dwalak comentou que faltava um pouco de hip hop e na brincadeira disse ao Kamané que talvez ele poderia fazer alguma coisa, sem saber que o músico fosse levar a sério o pedido. Dois dias depois, Dwalak voltou ao estúdio para continuar as gravações e para a surpresa dele “Tu és” estava pronta.
“Quando ouvi o verso disse: 'pronto. Encaixou. Super!' Só que hoje o Kamané 'tá tão triste comigo. Ele quer tanto um vídeo. 'Tá certo. Eu ainda não tenho nenhum videoclipe. Estou a dever essa ao Kamané. Temos que fazer o vídeo. Ele 'tá certo. Então, Kamané, o vídeo vai sair. Vamos fazer o nosso vídeo”, partilhou Dwalak.
O terceiro single do artista, “Anjo” foi lançado no dia 22 de Novembro. Ele pretende lançar uma nova versão de “Anjo” no próximo ano com uma participação internacional. A produção da nova versão ficou por conta do angolano X-Trio e contou com as guitarras do produtor Emblazon.
Dwalak nasceu em Moçambique, mas passou a sua infância em Angola.
Quem ouvir as músicas do artista vai perceber uma fusão de vários estilos culturais e a influência dos géneros R&B, Afrobeat, Zouk e Hip hop.
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