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Fala África: Raça Oculta, uma voz forte contra a violência doméstica


Rapper Raça Oculta
Rapper Raça Oculta

“Violência doméstica,” foi uma história real, que decidi transformar em música como uma forma de repúdio a esta problemática,” Raça Oculta.

Fala África: Raça Oculta, uma voz forte contra a violência doméstica

“Violência doméstica” foi uma história real, que decidi transformar em música como uma forma de repúdio a esta problemática,” Raça Oculta.

Fala África: Raça Oculta e a arte como ferramenta na conscientização sobre violência doméstica
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Celestino Rocha, mais conhecido como Raça Oculta, é um talentoso rapper moçambicano que está fazendo muito mais do que apenas música. Ele é um ativista social dedicado que utiliza sua plataforma para sensibilizar a sociedade sobre a violência doméstica.

“A violência doméstica é uma problemática não só da minha cidade. É um problema muito grande que afeta a maior parte dos países em todo o mundo," destacou Raça Oculta, durante entrevista ao Fala África que abordou a conexão entre a música, a arte e o ativismo social. Ele também compartilhou suas motivações, suas experiências pessoais e sua visão para um futuro onde a violência doméstica seja combatida de forma mais eficaz em Nampula, norte de Moçambique.

 Fala África: Raça Oculta e a música de repúdio à violência doméstica
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A história por trás de "violência doméstica"

A música "Violência Doméstica" de Raça Oculta é um retrato cru e impactante da violência que ocorre nos lares de muitas pessoas. A inspiração por trás da música, vem de uma história pessoal. Ele descreveu um encontro com uma colega de faculdade que estava sofrendo em silêncio devido à violência doméstica em sua própria família. Após ouvir atentamente sua colega, Raça Oculta pensou o que poderia fazer para ajudá-la. Depois de algumas semanas, ele escreveu um poema e mostrou a colega. Pediu permissão a ela para fazer uma música sobre o assunto, prometendo não revelar a sua identidade.

Raça Oculta queria usar sua música como uma ferramenta para promover a conscientização sobre a violência doméstica, uma questão que muitas vezes permanece invisível e não é discutida abertamente.

Uma realidade alarmante: violência doméstica em Moçambique e no mundo

Em 2023, a polícia de Moçambique recebeu mais de 11 mil queixas de casos de violência doméstica, sendo que 82 por cento dessas queixas foram feitas por mulheres e crianças vítimas de abuso sexual, agressão física e psicológica. No cenário mundial, quase uma em cada três mulheres experimentou violência por parte de um parceiro íntimo pelo menos uma vez em sua vida, e uma em cada dez vivenciou essa terrível realidade no último ano, de acordo com um banco de dados global.

Quando questionado sobre como o público em Nampula, sua cidade natal, reagiu ao videoclipe "Violência Doméstica", Raça Oculta compartilhou que houve uma reação de satisfação por finalmente alguém abordar abertamente essa problemática. No entanto, ele ressaltou que ainda há muito trabalho a ser feito. As pessoas em sua região continuam relutantes em falar abertamente sobre a violência doméstica, e as entidades locais não têm desempenhado um papel tão significativo quanto ele esperava na luta contra esse problema.

Planos para 2024: continuando a luta

Raça Oculta revelou que planeia continuar trabalhando arduamente, lançando um EP com quatro músicas, todas com foco na conscientização sobre questões sociais.

“Sou um jovem que tenho tentado trazer temas que podem despertar um pouco a sociedade. Sou um ativista social. Sinto orgulho de fazer parte disso.”

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