Recentemente, o escritor Paulo Paca lançou o seu terceiro livro, "Juntos até que a morte os separe", uma obra de ficção que explora temas importantes e complexos que ressoam profundamente na sociedade contemporânea. “Este é um livro para a família, porque nele nós abordamos os assuntos mais candentes que envolvem a família e a sociedade dos nossos dias”, afirmou Paulo. Sua perspectiva é enriquecida por uma vida de experiências únicas e desafios superados, desde sua fuga da guerra civil angolana até sua nova vida na Europa.
Em junho, Paulo Paca visitou Angola para apresentar suas três obras já publicadas: "Uma história de vida: prós e contras da emigração", "Para onde vai a África?" e "Juntos até que a morte os separe". Ele relatou que as duas semanas em Luanda foram "bem aproveitadas". Paulo comentou sobre a apresentação oficial na União dos Escritores Angolanos, onde foi surpreendido pela recepção calorosa. "Eu fui surpreendido mesmo porque estava um pouco cético, sendo uma pessoa nova no mundo da literatura, ninguém me conhece. Então cheguei lá e apareceu muita gente. O meu novo livro 'Juntos até que a morte os separe' chamou muita atenção logo que eu dei uma entrevista na rádio local. Recebi uma chuva de chamadas," compartilhou.
A inspiração para suas obras vem dos acontecimentos diários. Paulo destacou que "a vida é uma escola e quem não encarar a vida como uma escola estará condenado a cometer os mesmos erros." Ele acredita que ao escrever sobre experiências pessoais e de outras pessoas, ele oferece lições valiosas para os leitores. "Nós aprendemos uns com os outros," afirmou, destacando a importância de eternizar esses fatos em livros para que gerações futuras possam aprender com eles.
Paulo também abordou o desafio de escrever sobre temas sensíveis, como a vida do antigo Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Ele utilizou a ficção para superar as dificuldades e expressar suas ideias, transportando a narrativa para um outro planeta com um imperador fictício. "Eu procurei formas de escrever sobre ele, mas tinha dificuldades. Então fui para o mundo da ficção e consegui descrever a vida daquele que foi o presidente de Angola," explicou.
Ao longo do livro, Paulo entrelaça histórias de famílias, negócios e sociedades, fazendo uma analogia com as realidades políticas e sociais. "Nós tentamos sempre fazer o paralelismo, daqui onde nós vivemos para lá onde nós saímos," disse ele, enfatizando que tudo começa e termina na família. "Quando nós enfrentamos dificuldades, abandono, muitas vezes é a nossa família que nos acolhe. Daí mesmo o tema "Juntos até que a Morte os Separe".
A obra promete ser uma leitura envolvente, cheia de reflexões profundas sobre a sociedade e a condição humana.
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