Na era atual, enfrentamos desafios globais complexos que afetam não apenas um país, mas o mundo.
No entanto, os jovens continuam a desempenhar um papel vital na busca por soluções inovadoras e sustentáveis para esses desafios. Em entrevista ao Fala África, Adelino Bimba, um profissional de destaque no campo da engenharia e da gestão de qualidade, saúde, segurança e meio ambiente discutiu a importância dos jovens dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) na busca por soluções para desafios globais.
Bimba destacou que os jovens dos PALOP podem contribuir significativamente para o desenvolvimento de seus países, seja através da partilha de conhecimento adquirido no exterior ou de suas habilidades especializadas. Ele enfatizou que a colaboração pode ocorrer em várias formas, dependendo das áreas de especialização dos jovens.
Bimba mencionou que ele está mais ligado à área das engenharias e pode compartilhar suas experiências tanto académicas quanto profissionais com universidades, professores e estudantes. Além disso, ele acredita que sua simples presença e história de sucesso podem motivar os jovens locais.
“Só o facto de partilhar a minha vida, o meu currículo, pode ajudar a motivar estudantes. Só isso já pode constituir um grande elemento pois falta-nos algum modelo”.
Outra maneira pela qual os jovens podem contribuir é aproveitar suas habilidades práticas. Para Bimba, um médico que trabalhou no exterior pode compartilhar seu conhecimento com outros médicos em seus países de origem durante as férias, ajudando na formação contínua dos profissionais de saúde.
Em relação à questão da identidade cultural e linguística, Adelino Bimba reconheceu os desafios decorrentes da colonização, que afetaram a transmissão das línguas e culturas locais. Ele destacou a importância de recuperar essas identidades linguísticas e culturais, enfatizando que a língua desempenha um papel crucial na transmissão dos saberes tradicionais. Ele sugeriu que os governos e os sistemas educacionais dos PALOP considerem a inclusão das línguas locais no currículo escolar como uma maneira de reforçar a conexão com as raízes culturais e linguísticas.
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