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Fala África: Mamadu Djaló quer "Jornada Comum de Jovens Guineenses" para influenciar políticas governamentais


Mamadu Alimo Djaló, ativista guineense
Mamadu Alimo Djaló, ativista guineense

Na agitada cidade de Bissau, onde o som das ondas do Atlântico se mistura com a movimentação do dia a dia, surge uma figura inspiradora que está a fazer a diferença na vida da juventude guineense.

Mamadu Alimo Djaló é um jovem cuja jornada e dedicação estão a forjar um futuro promissor para a sua comunidade. Ele cresceu na Guiné-Bissau enfrentando os desafios típicos da juventude na região.

Inicialmente, Alimo aspirava tornar-se um jogador de futebol, mas a sua trajetória mudou quando ingressou na Escola 25 de Abril e começou a envolver-se nas questões de direitos dos alunos.

Fala África: Mamadu Alimo Djaló destaca a importância da juventude na criação de uma "Agenda Comum" para o futuro da Guiné-Bissau
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“Eu tive o privilégio de crescer numa comunidade em que há essa possibilidade de se juntar a organizações juvenis que me fez crescer mais ainda enquanto pessoa”.

Alimo participou ativamente de organizações de direitos das crianças, como o Parlamento Nacional Infantil, onde reconheceu a importância de influenciar o governo e as instituições para criar políticas que beneficiassem as crianças e promovessem uma sociedade livre de violência.

 Como a juventude da Guiné-Bissau está a moldar um futuro promissor?
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“Isso ajuda de alguma forma ou outra a tornar as crianças desde a infância até a vida adulta a serem pessoas responsáveis que contribuirão para o bem-estar do país”.

Em um artigo recente publicado na revista online, Mamadu Alimo Djaló propôs a ideia de uma "Jornada Comum de Jovens Guineenses". Essa proposta visa unir jovens de diversas organizações para criar uma agenda comum. Acreditando que a diversidade da sociedade guineense é uma força que pode impulsionar o progresso, ele enxerga essa jornada como uma oportunidade para os jovens se unirem e discutirem questões primordiais para sua geração.

“Então nesse espaço comum, que pode acontecer de dois em dois anos como descrevi no artigo, vai ser eleger a comissão organizadora deste evento magno, que vai trazer todas as valentias, todas as dificuldades que os jovens têm, para discutir e ao mesmo tempo levar essa agenda para o governo ter em conta quanto a voz dos jovens guineenses. Por exemplo, se no ano 2024 organizarmos uma jornada nacional de Juventude Guineense vamos ter todas as organizações legalizadas para discutirem um assunto primor daquilo que nós jovens necessitamos. E o máximo que nós necessitamos neste momento é que haja uma política e ação do emprego jovem”.

O mestre em sociologia argumenta que, apesar das diferenças nas organizações juvenis, há mais semelhanças do que diferenças: “As estruturas do poder normalmente vão com agendas político-partidárias. Se vão com agendas político partidárias nós enquanto jovens da sociedade civil precisamos de ter uma contra-agenda porque a agenda que os governantes levam são agendas que respondem aos partidos políticos e não aos anseios da população. Nós enquanto grupo podemos provocar isso. Provocar com que a agenda seja ligada ao bem-estar dos jovens, da população guineense, ao bem-estar de todas as pessoas que se nacionalizam guineense, ou que nascem dentro do território nacional”.

As propostas transformadoras de Alimo também se estendem aos campos de férias: “No meu caso particular, em dois campos de férias que eu participei enquanto formando, aprendi imensas coisas que me que me acompanham enquanto ativista. Por exemplo, aprendi no primeiro campo de férias sobre a educação global, mas nessa educação global conseguimos aprender sobre a questão da glocalidade, o pensar global e agir localmente. E no segundo campo de férias, foi possível aprender sobre a Convenção dos Direitos da Criança, que na altura a oficina chamava-se “Escola de Cadete.”

Em vez de campos de férias separados com focos distintos, Alimo quer ver a criação de um espaço comum onde os jovens possam aprender sobre uma variedade de tópicos, desde educação global até direitos das crianças, em um ambiente colaborativo, para que isso permita ainda mais o crescimento dos jovens.

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