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Fala África: Fauziya Fliege encerra sua primeira exposição no Gana com obras cheias de emoção e identidade


Hoje, 1º de dezembro, encerra a 3ª edição da “Women in Art” em Acra, Gana, marcando a estreia de Fauziya Fliege no cenário artístico ganês.
Hoje, 1º de dezembro, encerra a 3ª edição da “Women in Art” em Acra, Gana, marcando a estreia de Fauziya Fliege no cenário artístico ganês.

Hoje, 1º de dezembro, marca o encerramento da terceira edição da exposição “Women in Art”, realizada em Acra, Gana. Para Fauziya Fliege, artista plástica moçambicana, esta edição tem um significado especial, pois é sua estreia no cenário artístico ganês após sua recente mudança da Costa Rica. O evento, que reuniu 20 artistas femininas, girou em torno do tema “Encontre sua voz”, celebrando a força e autenticidade das mulheres na arte.

As obras de Fauziya, como “As Palhotas” e “Hold Together”, destacaram a riqueza das culturas africanas, incluindo a de sua terra natal, Moçambique, e as conexões que a artista estabeleceu ao longo de sua trajetória por países como Malawi, Tanzânia e Angola.

As obras “As Palhotas” e “Hold Together”, de Fauziya Fliege, fizeram parte na 3ª edição da exposição “Women in Art”, realizada em Acra, Gana
As obras “As Palhotas” e “Hold Together”, de Fauziya Fliege, fizeram parte na 3ª edição da exposição “Women in Art”, realizada em Acra, Gana

O tema da exposição encontrou eco em sua história pessoal. “A morte do meu pai me conectou muito mais à arte”, revelou Fauziya, explicando como o luto transformou sua pintura em uma expressão mais sentimental e profunda.

Ao encerrar sua participação na exposição “Women in Art”, Fauziya Fliege deixa uma marca significativa no público ganês e reafirma sua missão de usar a arte para celebrar a diversidade cultural e as histórias de resiliência que moldam o continente africano.

Fala África: "A morte do meu pai me conectou muito mais à arte," Fauziya Fliege
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Influências multiculturais e o legado africano
Fauziya cresceu em Moçambique, mas viveu em diversos países africanos, o que influenciou profundamente seu trabalho. “Foi muito interessante morar em países africanos como Malawi, Tanzânia e Angola. Apesar das diferenças culturais, há algo em comum – a capulana, a comida, como o xima, e até os desafios, como o acesso à água potável e à educação. Mas uma coisa é constante: a música. A alegria nunca falta, mesmo em tempos difíceis”, refletiu a artista, ao destacar o papel unificador da cultura africana em suas obras.

Mulheres, África e o futuro artístico
Com mais de 50 quadros já produzidos, a artista mantém seu foco em temáticas africanas, especialmente a figura feminina. “Eu gosto de pintar mulheres, porque somos especiais. Também já pintei animais e a selva africana, mas sempre volto para o que é meu continente. Quero continuar pintando a África, sempre aprimorando minha técnica e explorando novos ângulos”, destacou.

Fala África: 'Passamos por coisas difíceis. Mas nunca nos falta alegria," Fauziya Fliege
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Além da arte, Fauziya também encara o desafio de equilibrar a carreira e a vida familiar. Mãe de três filhos, ela se orgulha de ser uma inspiração para sua família. “Eles colaboram muito. Minha filha menor tem 12 anos, e aprendem que a mãe também tem sonhos e uma profissão. Tento dedicar um dia para cada um deles. É importante mostrar que as mulheres podem estar no mercado, não só na cozinha.”

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