O Facebook abriu a sua primeira delegação africana apostando assim na nova dinâmica do continente.
Contudo o longo historial de repressão da dissensão nas redes sociais levada a cabo por muitos países africanos poderia complicar as coisas.
O Facebook decidiu solidificar a sua posição em África abrindo uma delegação em Joanesburgo na África do Sul.
A decisão, disse a responsável para as relações públicas, Ebele Okobi, não se traduzirá por mudanças súbitas para os 120 milhões de africanos que usam aquela rede social.
Okobi explicou à VOA as razões que levaram à abertura da delegação:“ Queremos aprender mais sobre África e queremos também servir os consumidores tão bem como as empresas através do continente. Portanto aprendermos mais sobre os clientes africanos dá-nos a possibilidade de adaptarmos a nossa plataforma para servir os interesses dos utentes. É esse o nosso objectivo principal.”
A empresa tem vindo a expandir-se em África lançando no mercado nos últimos anos uma versão simplificada da sua aplicação para telemóveis mais baratos mas contendo mais serviços.
Os responsáveis do Facebook esperam também uma utilização cada vez maior dos seus serviços por pequenas empresas através do continente.
Mas o Facebook tem também um impacto na sociedade e vida politica africanas e por vezes isso colocou a empresa e alguns governos em rota de colisão.
Foi o que aconteceu no Egipto em 2011 quando o governo decidiu bloquear o Facebook por alguns dias durante um levantamento politico nas redes sociais.
Por outro lado nas ilhas Maurícias o Facebook foi bloqueado em 2007 depois do aparecimento de uma página supostamente pertencendo ao primeiro-ministro.
Trata-se, diz Okobi, de um equilíbrio delicado: “É uma questão com que todas as empresas do ramo se debatem. Portanto vamos trabalhar com os utentes para percebermos melhor de que modos estão a usar a plataforma para se exprimirem livremente. Mas temos também que trabalhar com os governos para compreendermos melhor as leis que regulamentam os meios de comunicação em cada país.”