Sessenta militares da Força Nacional Brasileira seguiram nesta segunda-feira (20) para Roraima. Eles vão reforçar a segurança na cidade de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela onde permanece o clima de muita tensão.
No sábado (18), cerca de mil moradores da cidade atearam fogo em acampamentos de venezuelanos, queimaram todos os pertences deles e os obrigaram a deixar a cidade. O estopim foi o assalto contra um comerciante que teria sido praticado por dois venezuelanos.
A fronteira continua aberta e a população local responsabiliza os venezuelanos, pela insegurança. Moradores da cidade exigem que as autoridades controlem a entrada deles na fronteira.
“Nós não temos segurança aqui. Todo o dia é um monte de casas roubadas”, disse um morador do município em entrevista à TV Globo.
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, que esteve em Roraima, afirma que a população está revoltada com o aumento da criminalidade no Estado. Segundo ele se o Governo não tomar providencias vai acontecer uma tragédia.
A rodovia BR-174, na entrada da cidade, chegou a ficar bloqueada pelos moradores, no fim de semana, por cerca de cinco horas. Diariamente, 550 venezuelanos cruzam a fronteira e entram em Roraima.
Os moradores da cidade exigem segurança.
“Principalmente a nossa segurança. O que prevalece é a nossa segurança” ressaltou outro morador.
A Defensoria Pública do Estado acompanha o caso e tranquiliza a população, como ressalta a defensora Terezinha Muniz.
“Do que conversamos com as autoridades várias diligências foram adotadas e realmente hoje a situação está mais tranquila”, disse.