Quatro jovens com idades compreendidas entre os 23 e os 27 anos de idade foram encontrados mortos em diversos pontos na manhã desta segunda-feira, 8, no distrito dos Mulenvos de Baixo, nunicípio de Cacuaco, na capital de Angola.
A Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD) insta as autoridades a esclarecerem os misteriosos assassinatos que têm acontecido nesse município
O Serviço de Investigação Criminal promete uma reação em breve.
O munícipe André Ramos, que confirmou as mortes, diz-se preocupado com a situação alarmante que se vive em Cacuaco e exige uma ação imediata das autoridades competentes.
“É um atentado contra o nosso município", diz Ramos quem, no entanto, acrescenta que a execução aconteceu noutro logal, mas os corpos "foram depositados aqui”.
Até ao meio da tarde, os corpos não tinham sido reconhecidos pelos seus familiares.
Caso de 2023 ainda por desvendar
Em Fevereiro de 2023, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) anunciou ter iniciado a investigação à morte de oito jovens, também no município do Cacuaco, dados então como desaparecidos pelos familiares.
Cinco dias mais tarde, os corpos dos oito desaparecidos foram reconhecidos pelos seus familiares na morgue do Hospital Josina Machel.
Entretanto, 12 meses depois, desconhece-se o resultado das investigações.
A Voz da América voltou a contatar o diretor-geral do Serviço de Investigação Criminal, António Paulo Benje, que remeteu-nos ao porta-voz, Manuel Alaiwa, que prometeu pronunciar-se a qualquer momento.
Entretanto, o presidente da Associação Justiça Paz e Democracia, Serra Bango, insta as autoridades a esclarecerem os misteriosos assassinatos nesse município.
“Quer ter sido o SIC ou não, estamos perante um caso de execução sumária, (pessoas) que são executadas na via pública ou em qualquer outro sitio e deixado ai para que os outros saibam, uma espece de punição exemplar”, afirma Banjo que espera que "a policia nas próximas horas também esclareça esta situação, que é um caso condenável a todos os títulos”.
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