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EUA: Trabalhadores dos portos e patrões chegam a acordo e greve é suspensa


Trabalhadores protestam no Porto de Wilmington, Delaware, 1 outubro 2024
Trabalhadores protestam no Porto de Wilmington, Delaware, 1 outubro 2024

Os trabalhadores dos portos e operadores portuários dos EUA chegaram a um acordo provisório que suspende uma greve de três dias que fechou os portos na Costa Leste e na Costa do Golfo.

Uma fonte familiarizada com as negociações disse à Reuters que o sindicato da Associação Internacional dos Estivadores (ILA) e a Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX) concluíram o acordo na noite desta quinta-feira, 3, que prevê um aumento salarial de cerca de 62% nos próximos seis anos.

O sindicato dos trabalhadores procurava um aumento de 77%, enquanto os patrões aumentou a sua proposta em quase 50% por cento.

O acordo põe fim à maior paralisação do setor em quase meio século, que bloqueou o descarregamento de navios porta-contentores do Maine ao Texas e ameaçou a escassez de produtos, desde bananas a peças de automóveis.

Entretanto, em comunicado, ambos os lados afirmaram que iriam prolongar o o contrato atual até 15 de janeiro de 2025, altura em que regressarão à mesa dr negociações para concluir o acordo.

“Com efeito imediato, todas as ações de trabalho atuais cessarão e todo o trabalho abrangido pelo Contrato Principal será retomado”, refere o comunicado.

Pelo menos 45 navios porta-contentores que não conseguiram descarregar foram ancorados fora dos portos da Costa Leste e da Costa do Golfo atingidos pela greve na quarta-feira, contra apenas três antes do início da greve no domingo, de acordo com a Everstream Analytics.

A ILA lançou a greve de 45 mil trabalhadores portuários, a sua primeira grande paralisação laboral desde 1977, na terça-feira, 1, após o fracasso das negociações para um novo contrato de seis anos.

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