Os EUA, o Reino Unido e a Austrália impuseram sanções nesta terça-feira, 11, um fornecedor russo de serviços de alojamento web, Zservers, e dois homens russos que gerem o serviço em apoio do grupo ransomware LockBit.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos diz que Zservers forneceu à LockBit acesso a servidores especializados, concebidos para resistir a ações policiais.
Os ataques de ransomware LockBit roubaram mais de 120 milhões de dólares a milhares de vítimas em todo o mundo, de acordo com a mesma fonte.
O LockBit está em funcionamento desde 2019 e é a variante de ransomware com maior implementação no mundo e que continua a crescer, de acordo com a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestruturas dos EUA.
O subsecretário interino para o Terrorismo e Inteligência Financeira do Departamento do Tesouro, Bradley T. Smith, disse que a ação de terça-feira "ressalta a nossa determinação coletiva em interromper todos os aspetos deste ecossistema criminoso, onde quer que esteja, para proteger a nossa segurança nacional".
O LockBit foi associado a ataques à fabricante de aviões Boeing, ao ataque de novembro de 2023 contra o Banco Industrial e Comercial da China, ao Royal Mail do Reino Unido, ao Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha e ao escritório de advogados internacional Allen and Overy.
O ransomware é a forma mais dispendiosa e grave de cibercrime, que prejudica governos, sistemas judiciais, hospitais, escolas, e empresas.
Especialistas dizem ser uma ferramenta muito difícil de combater, pois a maioria dos gangues está sediada em Estados da antiga União Soviética e fora do alcance da justiça ocidental.
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