O Governo norte-americano promete colocar o Corredor do Lobito (CL), em Angola, na rota da iniciativa Power África, um mecanismo que, conforme as suas expectativas, facilitará o acesso à energia e electrificação daquele que é o maior corredor de desenvolvimento do país.
Esta foi a nota de destaque do primeiro dia da conferência de coordenação sobre o CL, que se realiza hoje e amanhã (25 e 26), em Benguela, com o objectivo de atrair doadores internacionais para o apoio ao setor privado.
O representante da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) em Angola, William Butterfield, destacou o papel do Corredor do Lobito na integração regional, particularmente na ligação do continente africano e expansão das oportunidades de exportação e dinamização do comércio.
Acreditando na criação de uma rede ferroviária interligada do Atlântico ao Índico, assinalou que um dos principais objectivos é aliviar o congestionamento nas rotas Sul, como Durban e Beira, e oferecer uma alternativa de transporte que liga a República Democrática do Congo e a Zâmbia.
Ele lembrou que a Corporação de Financiamento para o Desenvolvimento dos EUA aprovou já, no âmbito do Corredor do Lobito, 553 milhões de dólares, que devem representar, como aguarda o concessionário, o primeiro desembolso de um financiamento para o reforço da linha, intervenções nas infra-estruturas e aquisição de meios rolantes.
A Power Africa, segundo o seu representante, Ted Lawrence, considera que os investimentos na electrificação do Corredor do Lobito devem ser “confiáveis”, garantido dinâmicas numa indústria que se quer próspera e geradora de empregos.
Na região subsariana, este mecanismo gerou mais de 14.300 megawatts e apoiou 154 projectos energéticos com um orçamento de 25 mil milhões de dólares.
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