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EUA pedem investigação imparcial à morte de sete trabalhadores humanitários por Israel


Carro da organização World Central Kitchen (WCK) atacado, pelo exército israelita que matou sete funcionários, Gaza, 2 abril 2024
Carro da organização World Central Kitchen (WCK) atacado, pelo exército israelita que matou sete funcionários, Gaza, 2 abril 2024

O primeiro-ministro reiterou que o incidente será objeto de uma investigação exaustiva, afirmando que tais coisas "acontecem na guerra".

Os Estados Unidos pediram esta terça-feira, 2, uma investigação imparcial sobre um ataque israelita na Faixa de Gaza que matou sete funcionários da organizização de ajuda humanitária norte-americana World Central Kitchen (WCK), dizendo que Israel deveria fazer mais para proteger os civis.

O secretário de Estado, Antony Blinken, reiterou que a investigação "deve ser rápida, completa e imparcial para entender exatamente o que aconteceu”.

“O que incutimos nos israelitas é que façam mais para proteger vidas de civis inocentes, sejam eles crianças palestinas inocentes ou trabalhadores humanitários”, disse o chefe da diplomacia americana a jornalistas em Paris.

Netanyahu promete investigar mas tais coisas "acontecem na guerra"

Entretanto, em Israel, o primeiro-ministro admitiu, mais cedo, que o exército israelita matou "sem querer" sete trabalhadores humanitários da organização World Central Kitchen (WCK), na Faixa de Gaza, na noite de dia 1 de Abril.

"Infelizmente, no último dia houve um caso trágico em que as nossas forças atingiram involuntariamente pessoas inocentes na Faixa de Gaza", disse Benjamin Netanyahu, durante uma mensagem de agradecimento à equipa de saúde que o operou a uma hérnia no domingo, depois de ter tido alta.

O primeiro-ministro reiterou que o incidente será objeto de uma investigação exaustiva, afirmando que tais coisas "acontecem na guerra".

"Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que não volte a acontecer", concluiu.

Antes, o exército israelita tinha anunciado que um organismo militar independente, o Mecanismo de Apuramento de Fatos e Investigação, iria investigar o ataque, que levou a organização não-governamental a suspender as suas operações na região.

O ataque matou sete trabalhadores da WCK, dos quais três palestinianos e quatro estrangeiros, de nacionalidades britânica, polaca, australiana e um cidadão americano-canadiano.

A WCK explicou que um dos seus veículos foi atacado pelo exército israelita ao passar por Deir al Balah, no centro da Faixa de Gaza, depois de sair de um armazém onde tinham descarregado 100 toneladas de alimentos, num movimento coordenado com as autoridades israelitas.

C/AFP

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