O Presidente dos Estados Unidos encontrou-se nesta quarta-feira, 4, em Las Vegas com familiares das vítimas do massacre de domingo, autoridades, policias e bombeiros.
Acompanhado da primeira-dama, Melania, Trump visitou um hospital para conversar com vítimas e médicos que trabalharam no atendimento às atingidos pelo atirador.
O casal presidencial passou 90 minutos num encontro privado com as vítimas e suas famílias, sem cobertura da imprensa.
Ainda no hospital Trump cumprimentou médicos e responsáveis pelo primeiro atendimento no dia do ataque e agradeceu ao trabalho deles.
Agradecimento
Trump disse que conheceu "algumas das pessoas mais incríveis" e convidou alguns dos profissionais a visitá-lo em Washington.
"É de deixar qualquer um muito orgulhoso por ser americano quando vemos o trabalho que eles fizeram", comentou.
Trump reuniu-se ainda com policias, membros de equipas de emergência e cidadãos civis que ajudaram a socorrer vítimas no domingo, a quem também elogiou.
"Vocês mostraram ao mundo e o mundo está assistindo, e vocês mostraram o que é profissionalismo", sublinhou
Na sede da Polícia Metropolitana de Las Vegas, ele fez uma declaração à imprensa, na qual disse que "os EUA são verdadeiramente um país em luto".
Trump classificou o massacre como "acto de pura maldade" no primeiro discurso após o massacre.
Namorada diz desconhecer tudo
Nessa primeira intervenção, o Presidente não fez nenhuma referência a um aumento no controlo na venda de armas.
Nesta quarta, questionado por jornalistas, Trump voltou a evitar a discussão sobre controlo de armas e disse mais uma vez que este não é o momento apropriado para discutir a questão.
No domingo, 1, Stephen Paddock, de 64 anos, hospedou-se no 32º andar do Mandalay Bay, famoso resort e casino de Las Vegas, de onde tinha uma vista privilegiada para as 22 mil pessoas que participavam do Route 91 Harvest Festival.
Fortemente armado, ele terá disparado durante cerca de 9 minutos.
Centenas de vídeos feitos pelas pessoas que estavam no local e por câmeras de segurança estão a ser analisados pelos investigadores.
O atirador também instalou câmeras no corredor do hotel, possivelmente para conseguir acompanhar a aproximação de policiais na hora do ataque.
Também nesta quarta-feira, 4, a namorada de Paddock, Marilou Danley, começou a ser interrogada pelo FBI depois de regressar na terça-feira de Manila, onde se encontrava há duas semanas.
Ela disse que não fazia ideia dos planos dele.
Danley, de 62 anos, não é considerada suspeita, mas é tratada como uma “pessoa de interesse” no caso e vinha colaborando com a investigação por telefone desde o primeiro dia.
Os investigadores dizem continuar tentar descobrir as causas do massacre.