Os Estados Unidos manifestam a sua preocupação pelos incidentes registados durante as eleições do passado 15 de Outubro e pedem uma contagem rigorosa dos votos.
Num comunicado divulgado hoje, 21, a Embaixada dos Estados Unidos em Maputo refere que “observadores da sociedade civil moçambicana, dos partidos políticos, da Embaixada e de outras entidades internacionais citaram preocupações importantes relativas a um acesso desigual à imprensa, abuso de recursos do Estado, materiais e registos de eleitores em falta ou deficientes e abertura tardia das mesas de voto”.
No documento, lê-se que “verificaram-se ainda falhas na administração técnica das eleições, particularmente na acreditação atempada de observadores nacionais e agentes dos partidos”.
Frente a esta situação, os “Estados Unidos apelam a todas as partes interessadas para que abordem quaisquer questões surgidas através dos mecanismos disponíveis na lei eleitoral e às autoridades relevantes para que investiguem e respondam a todas as reclamações eleitorais, e, simultaneamente, trabalhem no sentido de expandir o espaço político e fomentar os direitos civis”.
Apesar dos problemas registados, a Embaixada dos Estados Unidos em Maputo felicita “o povo de Moçambique pela sua participação nas eleições nacionais presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais de 15 de Outubro”.
“Aplaudimos o papel activo dos partidos políticos de Moçambique, sua sociedade civil e cidadãos que ajudaram a moldar uma discussão activa sobre o futuro do país”, diz o comunicado, que destaca que a maioria dos moçambicanos participou de forma ordeira e pacífica, apesar dos “actos de violência em diversas instâncias”.
Os Estados Unidos dizem encorajar a CNE “a continuar o seu papel importante num espírito de abertura e a favor da confiança no processo” e aplaudem a forma paciente e calma com que os eleitores moçambicanos por todo o país aguardam pela conclusão do processo de contagem dos votos.
Os Estados Unidos reafirmam o seu interesse em continuar “a sua parceria próxima com o povo de Moçambique para avançar os nossos interesses comuns de democracia, segurança e desenvolvimento económico e humano”.