O secretário de Estado americano Antony Blinken reuniu-se hoje em Roma com o ministro dos negócios etrangeiros chinês Wang Yi à margem da cimeira do G-20 tendo tornado “bem claro” que os Estados Unidos se opõem a qualquer mudança unilateral do estatuto de Taiwan, disse uma destacada fonte do Departamento de Estado.
Essa fonte descreveu as conversações de “excepcionalmente cândidas, construtivas e produtivas”, afirmando que os Estados Unidos responsabilizam a China pelo recente aumento de tensões no estreito de Taiwan e por outras acções que “minam a ordem internacional baseada em regras e que são contra os nossos valores e interesses”, incluindo os direitos humanos, Xinjian, Tibet, Hong Kong e os mares do Sul e Leste da China.
As tensões têm vindo a aumentar no estreito de Taiwam onde a China tem levado a cabo repetidas incursões de aviões da sua força aérea à zona de segurança de Taiwan. A última dessas incursões levou à activação dos sistemas de mísseis de defesa anti-áerea de Taiwan que fez levantar também aviões de combate.
Taiwan disse que oito aviões da força aérea chinesa tinham hoje voltado a penetrr na sua zona de identificação área.
Blinken responsabilizou a China por aumentar as tensões no estreito de Taiwan acrescentando que os Estados Unidos querem continuar a sua politica de reconhecer uma só China mas manter ao mesmo tempo relações informais e de defesa com Taiwan.
No encontro em Roma Blinken e Wang discutiram também a cimeira sobre a clima em Glasgow na Escócia tendo Blinek exortado a China a cumprir as suas promessas de redução nas suas emissões de gases nocivos para a atmosfera.
.A versão chinesa
Uma destacada fonte do ministério dos negócios estrangeiros chinês disse que as tensões sobre Taiwan são causadas pelo apoio dos Estados Unidos a forças pró-independência do território, apelando a Washington para aderir verdadeiramente à sua política de reconhecer uma só China e “não dizer uma coisa e fazer outra”.
Essas fonte disse que Blinken foi informado que a questão de Taiwan é a mais “sensível” nas relações entre os dois países.
Sancões impostas pelos Estados Unidos a mais de 900 entidades e indivíduos chineses afectaram severamente os contactos regulares entre os dois países, disse essa fonte que acrescentou que a China se opõe à política dos Estados Unidos de formar “pequenas cliques” com outros países para oprimir a China
A China, disse essa fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, está disposta a dialogar com os Estados Unidos para resolver conflictos e remover suspeitas, como as mudanças climatéricas, energia, Afeganistão e Myanmar.