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EUA acusam funcionários russos de interferência nas eleições americanas


Procurador-geral dos EUA, Merrick Garland
Procurador-geral dos EUA, Merrick Garland

Os Estados Unidos acusaram dois funcionários da RT da Rússia e impuseram sanções aos principais editores do canal de notícias financiado pelo Estado russo, acusando-os de tentar influenciar as eleições presidenciais americanas de 2024.

O procurador-geral Merrick Garland anunciou também a apreensão de 32 domínios da Internet que faziam parte de uma alegada campanha “para garantir o resultado preferido da Rússia”, que, segundo as autoridades norte-americanas, seria a vitória de Donald Trump nas eleições de novembro.

“Não toleramos as tentativas de regimes autoritários de explorar o nosso sistema democrático de governo”, afirmou Garland numa reunião do Grupo de Trabalho sobre Ameaças Eleitorais do Departamento de Justiça.

“Seremos implacavelmente agressivos no combate e na interrupção das tentativas da Rússia e do Irão - bem como da China ou de qualquer outro agente estrangeiro maligno - de interferir nas nossas eleições”, afirmou.

Entre as 10 pessoas e duas entidades sancionadas pelo Departamento do Tesouro contam-se a chefe de redação da RT, Margarita Simonyan, e a sua adjunta, Elizaveta Brodskaia.

Simonyan era uma “figura central nos esforços de influência maligna do governo russo”, disse o Departamento do Tesouro, enquanto Brodskaia “reportava ao presidente russo (Vladimir) Putin e a outros funcionários do governo”.

Garland disse que dois funcionários da RT baseados na Rússia - Kostiantyn Kalashnikov, 31, e Elena Afanasyeva, 27, foram indiciados em Nova Iorque por lavagem de dinheiro e violação da Lei de Registo de Agentes Estrangeiros.

São acusados de canalizar 10 milhões de dólares para uma empresa sediada no Tennessee que utilizava influenciadores das redes sociais “para criar e distribuir conteúdos para o público dos EUA com mensagens ocultas do governo russo”, disse Garland.

A empresa americana, que não foi identificada, publicou vídeos em inglês em vários canais de redes sociais, incluindo TikTok, Instagram, X e YouTube, de acordo com a acusação.

“A empresa nunca revelou aos influenciadores - ou aos seus milhões de seguidores - os seus laços com a RT e o governo russo”, disse Garland.

A RT, numa reação no seu canal Telegram, rejeitou as alegações dos EUA, chamando-lhes “clichés banais”.

“Três coisas na vida são inevitáveis: morte, impostos e 'interferência da RT nas eleições americanas'”, disse a RT, anteriormente conhecida como Russia Today.

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