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Estudo revela que 40 por cento das mulheres são-tomenses estão fora do mercado de trabalho


Mulheres na pesca, São Tomé e Princípe
Mulheres na pesca, São Tomé e Princípe

Ministro da Saúde e dos Assuntos Sociais não subscreve a percentagem e lembra do papel da mulher no mercado informal

Um inquérito realizado pela organização não governamental portuguesa TESE conclui que 40 por cento das mulheres de São Tomé e Príncipe não participam no mercado do trabalho.

O ministro da Saúde e dos Assuntos Sociais, Celsio Junqueira, não subscreve essa percentagem.

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O estudo aponta vários problemas sociais e culturais que não permitem a integração da mulher no mercado de trabalho.

A organização deixa pistas para a resolução do problema após a divulgação do estudo que demonstra a desigualdade de oportunidades de trabalho entre homens e mulheres.

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“Lançar iniciativas que possam contribuir para a resolução do problema, procurar que a informação agora divulgada estimule politicas públicas em prol da mulher”, defendeu Joana Mendonça, diretora executiva da TESE.

Entre os fatores que limitam a participação da mulher no trabalho, os inquiridores destacam questões culturais que empurram a mulher para o papel de cuidar da família e o machismo da própria sociedade.

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“A mulher é quem cuida dos filhos. A alternativa para colocar as crianças na creche para permitir que elas possam sair para trabalhar é muito dispendiosa e elas acabam ficando em casa com todas outras consequências que a situação gera, nomeadamente a dependência financeira e a consequente violência domestica”, explica Ernestina Menezes, uma das inquiridoras do estudo apresentado nesta quinta-feira, 9, em São Tomé.

Outra fator passa pelas dificuldades económicas e sociais, como por exemplo a falta de água, que afetam mais as mulheres.

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“São as mulheres que desde a madrugada têm que fazer fila para apanhar água, depois têm que fazer almoço, quando não há energia procuram outra forma de passar a roupa. Tudo isso complica a disponibilidade para o trabalho profissional”, acrescenta outra inquiridora do estudo.

Entretanto, o ministro da Saúde e dos Assuntos Sociais, Celsio Junqueira não subscreve a percentagem indicada no estudo como não tendo participação no mercado de trabalho.

“Não podemos dizer que quem está no setor informal, não tem trabalho e este sector é mais ocupado por mulheres”, defende o governante admitindo, no entanto, as desigualdades de oportunidade de trabalho entre homens e mulheres e que a falta de emprego que existe no país complica ainda mais o problema.

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