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Estudo critica política de substituição de poupança nacional por estrangeira em Moçambique


Banco de Moçambique
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Instituto de Estudos Económicos e Sociais diz que país não pode ficar dependente da poupança dos outros

O Instituto de Estudos Económicos e Sociais (IESE) de Moçambique critica a estratégia de crescimento económico do actual Governo, por maximizar a substituição da poupança interna pela externa, o que agrava o endividamento do país.

Um estudo divulgado nesta quinta-feira, 15, revela que "à semelhança dos anteriores Presidentes da República, Filipe Nyusi também tem apelado ao aumento da produção, alegadamente, para reduzir a dependência externa".

O IESE destaca que "não sabemos se o novo Presidente da República está consciente ou se tem reflectido e está devidamente advertido da armadilha em que a economia moçambicana está mergulhada, porque o Governo não tem sido capaz de apontar saídas efectivas para, rapidamente, aumentar a produção, sem ser por via de investimento financiado, principalmente, pela poupança externa".

O economista António Francisco, co-autor do estudo "Estratégia de Crescimento Económico em Moçambique: Desta Vez é Diferente", diz que o país, durante 50 anos, tem crescido à base da substituição da poupança interna pela poupança externa".

"Isto significa que o país não tem criado poupança, toda a economia está estruturada na base da poupança dos outros países", considerou aquele economista, para quem o normal é que o país cresça, principalmente, com base na sua poupança nacional, e complementá-la com poupança externa.

António Francisco afirmou ainda que "um país que procura acelerar o crescimento económico à custa da poupança dos outrosgera uma situação de, ciclicamente, cair num processo de endividamento descontrolado".

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