Um estudo do Centro de Pesquisa em População e Saúde revela que o país tem uma prevalência de gravidez e maternidade na adolescência bastante elevada, situando-se em 46 por cento, o que acaba influenciando, negativamente, a estrutura etária da população.
Os casamentos precoces e o baixo nível de escolaridade, são alguns dos principais factores que contribuem para esta situação, que tem também graves implicações na economia.
De acordo com o estudo, muitas das gravidezes são indesejadas e expõem as adolescentes ao risco de morte e de adquirirem sequelas que podem comprometer a sua saúde por toda a vida.
Boaventuda Manuel Cau, colaborador do Centro de Pesquisa em População e Saúde, diz que vários factores concorrem para esta elevada prevalência de gravidez e maternidade, entre os quais a fraca educação e a falta de autonomia das adolescentes.
O académico diz ser necessário desenvolver esforços no sentido de mudar a estrutura etária da população moçambicana, constituída maioritariamente por jovens, para diminuir o elevado número de pessoas dependentes dos poucos indivíduos que trabalham.
Nesse aspecto, Boaventura Cau defende uma maior aposta na sensibilização das populações sobre a necessidade do planeamento familiar