Os estudantes guineenses que estavam no Sudão, país assolado actualmente por um conflito armado, já se encontram em Bissau e junto aos respectivos familiares.
Eles, no entanto,recordam ainda os dias difíceis vividos naquele país.
No total são nove estudantes, oito do sexo masculino e um do sexo feminino, que frequentavam a Universidade Internacional de África, em Cartum, capital do Sudão.
Malam Indjai, que falou em nome do grupo, logo à chegada a Bissau, depois de um longo percurso que passou pelo Egipto e Senegal, recordou dias assustadores vividos na capital sudanesa.
"Havia colegas que moravam numa zona mais perigosa. Elas vieram juntar-se com os já estavam nos pavilhões da Direcção Administrativa da Universidade, um pouco mais afastados da zona do conflito. Fomos todos para lá e a nossa irmã [estudante] que estava também numa zona mais perigosa recebeu o convite da Direcção da Universidade para que viesse juntar-se às outras meninas numa sala de conferência da Universidade", lembra.
Para sair do país em conflito, e quando as redes de telecomunicações ainda estavam funcionais, os jovens estudantes guineenses recorreram às suas listas de contactos familiares e diplomáticos.
Indjai disse que contactaram os embaixadores, principalmente o nosso embaixador na Arábia Saudita, na Etiópia e "igualmente o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros".
De Cartum, passando pelo Egipto e Senegal, o regresso forçado dos jovens estudantes guineenses levou o Governo guineense a respirar de alívio.
Salomé Santos Allouche, secretária de Estado das Comunidades, falou num momento de alegria e de alívio, "porque passamos por momentos de pânico, mas rapidamente houve intervenção do Governo e em primeiro lugar da sua excelência Presidente da República".
Enquanto os confrontos continuam naaquele país, os estudantes aguardam por um oportunidade para concluir os seus estudos universitários.
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