Dezenas de estudantes de enfermagem em Benguela marcharam na noite da quarta-feira, 14, para exigir enquadramento directo na Saúde por via do próximo concurso público em Angola, com cartazes que recordam promessas do Presidente da República.
Os manifestantes, concentrados no ‘’Largo de África’’, na presença de vários agentes da Polícia Nacional, disseram que fazem parte de uma lista com mais de oito mil candidatos não admitidos há três anos mesmo com notas positivas.
“Senhor Presidente, favor, faça sentir o seu nome. Somos jovens, queremos trabalhar’’, foi o grito de jovens que não pretendem ser colocados novamente à prova, uma vez que, conforme observam, o número de vagas no concurso a ser aberto este ano é quase quatro vezes superior ao de candidatos com positivas em 2019.
‘‘Se nós tivemos 10, 12 e 13, que são positivas, já não vamos fazer concurso, assim prometeu o senhor Presidente João Lourenço no encontro com a juventude’’, afirmou um dos manifestante, enquanto outro lembra que “a senhora ministra (da Saúde) tem de olhar para nós, estamos muito descontentes”
“Somos 8 mil, podem nos inserir nestas 25 mil vagas’’, sugerem os manifestantes.
Contactado pela VOA, o Gabinete Provincial de Saúde confirma, sem avançar data, a realização de concursos, também na Educação, mas explica que só as autoridades centrais podem dar resposta a estas preocupações.
Foi a segunda manifestação da semana com foco no emprego, depois da realizada por candidatos a auxiliares de limpeza no sector da Educação.
No encontro a que se referem os estudantes de enfermagem, em Luanda, o Presidente João Lourenço, que carrega o peso da promessa eleitoral de 500 mil empregos, disse que o seu Executivo tudo faria para continuar a promover postos de trabalho.