Estudantes angolanos criaram a 'Associação dos Angolanos em São Paulo' para ajudar gratuitamente os compatriotas que chegam às universidades particulares da maior cidade brasileira.
O fundador da associação, Paullo Macongo, explicou, em entrevista à Voz da América, que a ideia nasceu das experiências negativas que ele próprio enfrentou quando viajou ao país sul-americano para estudar e não recebeu nenhum tipo de orientação.
Uma das principais dificuldades dos angolanos que estudam no Brasil é o impedimento de receber dinheiro das famílias, já que as transferências bancárias a nações estrangeiras estão canceladas em Angola.
Já quem possui bolsa de estudos do governo angolano relata que tem dificuldades para receber os valores.
Não é permitido trabalhar com visto de estudante no Brasil, o que dificulta ainda mais a situação dos alunos que não podem receber as transferências bancárias de Angola. Há a possibilidade de fazer um estágio, mas a concorrência é grande, especialmente para os estrangeiros, como explica o fundador da associação, Paullo Macongo. Sem renda, alguns estudantes se declaram como refugiados para o governo brasileiro para conseguir a carteira de trabalho.
Além de toda a dificuldade para conseguir uma fonte de renda para bancar os estudos e pagar as propinas das universidades, os angolanos ainda enfrentam racismo e xenofobia na sociedade brasileira.
Apesar de todas essas dificuldades, vale a pena estudar no Brasil, perguntam-se muitos estudantes. Paullo Macongo diz que sim, especialmente pela qualidade das universidades brasileiras. Quem estiver com dúvidas sobre que dificuldades um angolano enfrenta para estudar no Brasil, a associação oferece ajuda gratuita pela página no Facebook www.facebook.com/angolanosemsp