Milhares de cantinas pertencentes a cidadãos estrangeiros, maioritariamente do Mali, estiveram encerradas na terça-feira, 6, no dia em que arrancou a Operação Resgate com os seus proprietários a dizerem que estavam com medo das autoridades policiais.
Alguns queixam-se de serem “multicaixas da polícia”, enquanto vendedeiras angolanas também se queixam das acções das autoridades.
Alguns elementos do auto-denominado Movimento Angolano Revolucionário marcou para o próximo dia 17 uma manifestação contra o que diz ser “agressões contra as vendedeiras”.
As cantinas voltaram a abrir as portas em Luanda, para satisfação dos moradores, mas os seus donos ainda temem pelo seu futuro.
“O medo continua… ontem era pior, mas ainda estamos com medo”, disse à VOA um cidadão do Mali, enquanto outro da Costa do Marfim apontou o dedo à polícia mesmo antes do início da Operação Resgate.
“Nós, os estrangeiros em Angola, já nos tornámos nos multicaixas dos policias, de agentes do Serviço de Investigação Criminal e até fiscais de obra, todos entram nas cantinas”, denunciou.
A VOA contactou Orlando Bernardo, porta-voz do comando-geral da Polícia Nacional de Angola, para responder às acusações que pensam sobre os agentes da policia mas não obtivemos qualquer resposta.
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