Sete cidadãos da Guiné-Concacri e dois da Mauritânia detidos na sexta-feira, 1, na Lunda Norte por alegados crimes de desacato e de agressão às autoridades policiais vão a tribunal na quarta-feira, 6.
O responsável da mesquita na província refuta as acusações e diz não ter havido desacato contra as autoridades.
Rodrigues Zeca, porta-voz da Delegação do Ministério do Interior na Lunda Norte, afirma que os estrangeiros foram detidos por desacato às autoridades numa mesquita aberta, à revelia do Governo, e que viria a ser encerrada no âmbito da Operação Resgate.
“A comissão multissectorial recebeu uma denúncia que havia uma igreja que já tinha sido encerrada e que estava a realizar serviços em que os fiéis eram desafiados a agrediram as autoridades”, acrescenta Zeca à VOA.
Aquele responsável afirma que mais de 300 fiéis foram encontrados no local e depois de a polícia os ter dispersado, alguns atacaram os agentes,“ tendo nove cidadãos ferido os polícias”.
Eles serão julgados sumariamente na quarta-feira.
Entretanto, no final da tarde António Muaria, responsável pela comunidade muçulmana, refuta as acusações.
Muairia afirma que o ferimento que um dos agentes tem na palma da mão foi por descuido do próprio, dentro da mesquita que se encontra em obras.
“Agora estão a acusar os coitados dos estrangeiros, que foram detidos nas suas cantinas. O ferimento que o polícia tem é por causa da obra dentro da mesquita e nada tem a ver com agressão, não houve nenhuma agressão”, sublinha.