Os números de pessoas necessitadas de ajuda devido á seca continuam a aumentar “assustadoramente todos os dias”, disse o padre Pio Wacussanga da ONG “Construindo Comunidades”.
O prelado falava depois de as autoridades angolanas terem reconhecido que centenas de milhar de cidadãos vivem em 200.000 dos quais em “situação catastrófica”.
Os dados foram revelados à imprensa estatal angolana pela responsável do Gabinete de Segurança Alimentar do Ministério da Agricultura e Florestas, Ermelinda Kaliengue.
Aquela responsável apontou as províncias do Cunene, Huíla Namibe e Cuando Cubango como sendo as mais atingidas por estarem a viver uma “situação de seca severa”.
Ermelinda Kaliengue defendeu a necessidade de se estabelecer políticas programas não para debelar a crise, mas para evitar que a situação se repita.
O padre Pio Wacussanga, insistiu na necessidade de o Presidente da República decretar o Estado de Emergência na região “para permitir o concurso de outros actores par apoderem ajudar as comunidades sofrida”.
O padre di ter recebido informações que em algumas zonas já caiu “alguma chuva”
“Estamos mesmo a rezar de joelhos porque temos consciência de que só Deus, se mandar muita chuva, é que pode ajudar aliviar a situação”, disse.
“Fora disso, será impossível resistirmos”, acrescentou o conhecido padre dos Gambos.
Por seu turno o líder Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), Carlos Cambuta defende que, para se mitigar a situação, o governo deve dar maiorautonomia financeira às administrações locais e aplicar políticas de participação dos munícipes na execução dos programas comunitários.
“O que está a acontecer é que temos nos municípios os tais programas que inicialmente devem receber os 25 milhões mas estes raramente chegam no tempo previsto”, disse.