A ministra moçambicana dos Combatentes, Josefina Mateus Mpelo, assume haver constrangimentos na fixação de pensões para os antigos guerrilheiros da Renamo abrangidos pelo processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR), mas garante que tudo está a ser feito para que o trabalho "termine dentro de muito pouco tempo".
Mpelo afirmou que 5.221 combatentes da Renamo desmobilizados no âmbito do DDR vão beneficiar de pensões, realçando que "nós estamos a pedir calma, porque o processo de fixação de pensões envolve várias instituições e todas elas estão a trabalhar no sentido de garantir o seu pagamento".
Muitos dos guerrilheiros desmobilizados dizem que o trabalho de registo é muito moroso, sendo por isso que ainda não beneficiam das suas pensões.
Refira-se que foi criado um Grupo de Trabalho de Pensões integrado por representantes do Governo e da Renamo e apoiado pelo Secretariado do Processo de Paz, que ao longo deste mês vai proceder ao registo de pensionistas na província nortenha do Niassa.
Em Novembro, trabalho similar foi feito na província de Nampula.
Entretanto, o analista político Hilário Chacate diz que as reclamações dos desmobilizados da Renamo fazem sentido e resultam da falta de um mecanismo eficaz de comunicação, e é preciso evitar atrasos no pagamento das pensões.
Por seu turno, o pastor da Igreja Evangélica de Moçambique, Cristiano Uamusse, diz que a aplicação do DDR deve ser um processo inclusivo.
Dados oficiais indicam que pelo menos 645 pensionistas da Renamo já começaram a receber o dinheiro das suas pensões, cifra considerada insignificante pela liderança deste partido.
Fórum