Os Estados Unidos e a Turquia decidiram retomar o relacionamento estratégico que Washington admite ter chegado a um ponto crítico, com Ancara a propor uma mobilização conjunta na Síri.
Para tal a milícia curda YPG, apoiada pelos Estados Unidos, deve deixar uma área perto da fronteira da Turquia, segundo o Governo turco.
O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, reuniu-se com o presidente turco, Tayyip Erdogan, durante uma visita de dois dias, após semanas de escalada retórica anti-Washngton de
Ancar.
Embora as relações entre Washington e seu principal aliado muçulmano na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estejam tensas devido a uma série de questões, a Turquia ficou particularmente enfurecida com o apoio norte-americano à milícia curda YPG, que ela considera terrorista.
“Nós nos encontramos em meio a uma certa crise no relacionamento”, disse Rex Tillerson em conferência de imprensa depois de se encontrar com o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, nesta sexta-feira, 16.
Na quinta-feira, ele conversou com o Presidente Tayyip Erdogan durante mais de três horas.
“Decidimos, e o presidente Erdogan decidiu na noite passada, que precisamos conversar sobre como seguir em frente. O relacionamento é importante demais”, acrescentou Tillerson.
Uma proposta que pode sinalizar um avanço importante nos esforços para superar as diferenças acentuadas dos aliados quanto à Síria, uma autoridade turca, que preferiu o anonimato, disse à Reuters que o seu país propôs que forças turcas e norte-americanas actuem juntas em Manbij.
Tal mobilização conjunta poderia ocorrer se primeiro os combatentes da YPG recuassem para posições ao leste do rio Eufrates, uma exigência antiga de Ancara.
O Governo americano não comentou esta notícia.