As autoridades dos Estados Unidos e da China falaram ao telefone nesta terça-feira, 25, sobre a necessidade de retomar as negociações sobre a fase um do acordo económico e comercial assinado em janeiro, no meio de tensões entre Washington e Pequim em várias frentes.
No documento, a China comprometia-se a comprar 200 mil milhões de dólares adicionais em produtos americanos ao longo de dois anos, incluindo carros, maquinarias, petróleo e produtos agrícolas.
Mas a pandemia do coronavírus interrompeu tudo e as compras desses produtos pela China têm diminuído.
Um comunicado divulgado em Washington revela que as duas partes "analisaram medidas que a China tomou para efetuar as mudanças estruturais exigidas pelo acordo".
Essas mudanças, continua a nota, "vão garantir maior proteção aos direitos de propriedade intelectual, remover obstáculos às empresas americanas nas áreas de serviços financeiros e agricultura e eliminar a transferência forçada de tecnologia".
Washington e Pequim “reconheceram algum progresso e estão empenhadas em tomar as medidas necessárias para garantir o sucesso do acordo."
Numa declaração, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo disse ter sido um “diálogo construtivo" entre as partes que "concordaram criar condições e um clima para continuar a impulsionar a implementação da primeira fase do acordo econémico e comercial China-EUA".
A fase um do acordo impõe que a cada seis meses haja uma análise da sua implementação.
Recorde-se que, nas últimas semanas, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou as suas críticas contra a China.