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Estados Unidos reduzem em 60 por cento número de funcionários em Havana


Embaixada americana em Havana
Embaixada americana em Havana

A medida surge quase um ano após ataques acústicos na representação diplomática

O Departamento de Estado americano ordenou saída de cerca de 60 por cento dos diplomatas e funcionários da representação do país em Cuba após ataques acústicos.

A medida também atinge as famílias de diversos funcionários considerados "não essenciais" pelo Governo.

A ordem, anunciada nesta sexta-feira, 29, pelo Departamento de Estado, contempla também a suspensão da emissão de vistos na embaixada em Cuba de maneira indefinida, de acordo com funcionários americanos citados sob anonimato pela CNN e pela CBS.

Os Estados Unidos também devem lançar, nas próximas horas, uma advertência de viagem, ainda que os ataques auditivos não tenham atingido nenhum turista norte-americano.

Por enquanto, de acordo com a Associated Press, o país não vai determinar que os diplomatas cubanos saiam de Washington, outra medida que, de acordo com funcionários do Governo, foi considerada.

A decisão final foi determinada pelo secretário de Estado, Rex Tillerson, que está em visita à China.

Os ataques

Há cerca de um ano, diplomatas americanos colocados em Havana reportaram problemas de saúde que os investigadores americanos continuam sem saber quem está por trás dos ataques, que afetaram pelo menos 21 diplomatas e suas famílias.

Ainda que tenham sido qualificados pelo Departamento de Estado como "incidentes", funcionários do Governo já tratam a questão como "ataques específicos".

Os sintomas dos ataques acústicos variam amplamente de pessoa para pessoa.

Além de perda de audição e lesões graves no cérebro, alguns pacientes também apresentaram náuseas, dores de cabeça e zumbidos no ouvido.

Alguns dos afectados sofrem dificuldades de se concentrar e lembrar palavras comuns.

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