Os Estados Unidos vão aumentar os seus investimentos no corredor do Lobito, incluindo uma ligação para a Zâmbia, disse o enviado americano para infraestruturas e energia, Amos Hochstein.
Falando na Zâmbia, Hochstein recordou que os Estados Unidos acordaram em financiar em 250 milhões de dólares a primeira fase de reabilitação e modernização do Corredor do Lobito e acrescentou: “Espero conceder recursos adicionais nos mesmos parâmetros para a segunda fase.”.
A primeira fase que os Estados Unidos se comprometeram a financiar com 250 milhões de dólares envolve a melhoria da linha de caminhos-de-ferro já existente. A segunda fase abrange a construção de uma nova linha de caminhos-de-ferro através da Zâmbia, cujos custos estão avaliados em vários milhares de milhões de dólares.
Em 2022 um consórcio formado pela companhia multinacional Trafigura, a portuguesa Mota Engil e a Vecturis da Bélgica receberam a concessão de 30 anos para administrarem o Corredor do Lobito.
O consórcio planeia gastar 455 milhões de dólares em Angola e 100 milhões na Republica Democrática do Congo em equipamento, operações e infraestruturas. Mais fundos serão requeridos para prolongar a linha na Zâmbia, na segunda fase do projecto.
Hochstein disse que os Estados Unidos e os seus parceiros mobilizaram um total de cerca de mil milhões de dólares para expandir o corredor do Lobito, construindo uma nova linha férrea de 800 quilómetros para ligar a Zâmbia à rede.
“Com a Corporação para Financiamento de África (AFC) planeamos iniciar a construção em 2026 e ter uma linha de caminhos-de-ferro operacional entre o leste de Angola através do Noroeste da Zâmbia em 2028”, acrescentou o enviado americano para infraestruturas e energia.
Hochstein saudou o anúncio feito na quarta-feira de que companhias mineiras tinham assinado acordos para usar a linha para a exportação de cobre da Republica Democrática do Congo.
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