Delegações dos Estados Unidos e de Cuba recomeçam nesta quinta-feira, 21, aqui em Washington as conversações destinadas a normalizar as relações bilaterais.
Esta ronda de conversações precede a data limite de 29 de Maio até à qual o Congresso americano pode ponderar a decisão do presidente Barack Obama de retirar Cuba da lista dos países patrocinadores de terrorismo.
Alguns legisladores estão, entretanto, a questionar se esta rápida aproximação a Cuba será benéfica ou se constituirá um revés.
Durante uma audiência ontem no Congresso, o senador democrata Bob Menendez considerou essa aproximação como unilateral: “ Não sei o que é que recebemos em troca. Não recebemos nada, mas os cubanos conseguiram ganhar bastante. E, se é essa a nossa táctica negocial, então temos um problema real entre mãos. É essa a mensagem que enviamos ao hemisfério ocidental. Não vejo os nossos parceiros secundarem-nos visto que mudamos a nossa politica em relação a Cuba”, reiterou Menendez.
Por seu lado, durante a audiência da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Senado, responsáveis do Departamento de Estado reconheceram que há ainda trabalho por fazer mesmo apesar dos Estados Unidos pretenderem normalizar as relações diplomáticas com Cuba.
As conversações de hoje em Washington deverão focar a necessidade da reabertura de embaixadas.
No início da semana, o vice-ministro cubano das Relações Exteriores Gustavo Machin afirmou que esta seria a última ronda de contactos antes da reabertura das embaixadas.