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Estados Unidos dizem que em dois dias saberão se o Irão fala sério ou não sobre o acordo nucelar


Secretário de Estado americano Antony Blinken em conferência de imprensa em Estocolmo, Suécia, 2 de Dezembro de 2021
Secretário de Estado americano Antony Blinken em conferência de imprensa em Estocolmo, Suécia, 2 de Dezembro de 2021

É a primeira vez que o secretário de Estado americano Antony Blinken impõe um prazo tão curto para uma resposta de Teerão

O Governo dos Estados Unidos mantém a pressão sobre o Irão para regressar ao acordo sobre o programa nuclear de 2015, mas analistas duvidam do sucesso dessa pressão.

"Vamos saber muito, muito rapidamente, acho que em dois dias, se o Irão está a falar sério ou não", disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na quinta-feira, 2, antes de deixar Estocolmo, de regresso de Riga, capital da Letónio, onde participou na reunião da NATO.

Entretanto, alguns analistas políticos consideram que o Governo de Teerão pode desviar essa pressão através de tácticas de negociação para tentar prolongar as conversações que decorrem em Viena.

Esta foi a primeira vez que Antony Blinken ou qualquer outro membro do Governo Biden falou publicamente sobre um prazo tão curto e específico de tempo para avaliar a posição negocial do Irão, após meses dizendo apenas que o prazo estava a acabar.

Em conversa com repórteres ontem em Viena, o principal negociador nuclear iraniano e vice-ministro das Relações Exteriores, Ali Bagheri Kani, disse que o seu Governo está preparado para continuar as negociações se "eles estiverem prontos" para fazer o mesmo, em aparente referência aos EUA e demais potências ocidentais.

Os Estados Unidos e o Irão retomaram negociações indirectas na segunda-feira, 29, tendo os demais países signatários do acordo como como mediadores que procuram levar os dois lados de volta ao mesmo.

Até Junho, negociadores americanos e iranianos realizaram seis rondas de negociações, sem qualquer conclusão, até que o Governo do Irão suspendeu as conversas devido à eleição presidencial, ganha pelo ultraconservador Ebrahim Raisi.

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